Ferramentas Digitais no dia-a-dia clínico: o que elas podem fazer por mim?

Um dos assuntos mais comentados / trabalhados e divulgados hoje não apenas por empresas mas também pela comunidade clínica e científica odontológica é no que tange aos fluxos digitais de trabalho. Mas antes mesmo de imaginarmos as possibilidades, sabemos realmente do que se trata um fluxo digital?

Podemos entender por este termo como sendo o conjunto operacional de etapas desde a aquisição de imagens digitais (escaneamentos intra-orais, de modelos e faciais, fotografias, radiografias digitais, tomografias), desenho digital computadorizado (ou o bom e velho CAD, seja em softwares abertos/gratuitos ou pagos) até a concretização de nossos projetos pela manufatura assistida por computador (ou CAM, podendo ser mediante processos subtrativos como a fresagem ou aditivos como a impressão 3D). Talvez ao falar sobre tudo isso possa ser criada, no mínimo psicologicamente, uma “barreira tecnológica” para muitos principalmente pensando em custos, mas saiba que entendendo um pouquinho como tudo funciona, o custo pode ser praticamente o mesmo de um fluxo analógico!

Mas o que realmente todas essas tecnologias poderiam fazer por mim no meu dia-a-dia?

Talvez alguns termos possam sintetizar alguns dos principais benefícios ao incorporarmos estes fluxos nos nossos trabalhos: agilidade, precisão e previsibilidade.

Agilidade pelo grande benefício de conseguirmos resultados de excelente qualidade em um período bem mais abreviado de tempo, tempo este, um bem extremamente valioso para nós cirurgiões-dentistas, técnicos em prótese dental e também para nossos pacientes.

Precisão por estarmos tratando de processos mecanizados com possibilidades de estruturas cerca de 3 a 4x mais bem ajustadas do que uma estrutura feita de forma manual.

E por fim, talvez o mais importante, pela previsibilidade desde o projeto inicial à confecção do trabalho final, uma vez que para a máquina o conceito de execução e repetibilidade é justamente seu maior trunfo. Sabe aquele seu projeto inicial de enceramento que seu paciente ficou apaixonado nos detalhes? Sim, por esta via ele pode ser quase que 100% reprodutível! Isso não é fantástico?

E se eu não tenho equipamento nenhum, ainda sim posso ser digital? Mas é claro! Ser digital passa pelo nosso conhecimento em entender os fluxos de trabalho e, a partir daí, buscar as soluções e recursos necessários para sua execução. Preciso de um scanner intra-oral? Ótimo, vamos alugar algum ou buscar um serviço de escaneamento. Preciso de uma fresadora? Ótimo, vou buscar um laboratório parceiro que conte com a tecnologia e execute o projeto / trabalho para mim. Quero fazer o projeto eu mesmo mas não quero investir muito dinheiro em software pago? Ótimo também! Existem softwares gratuitos que, com curva de aprendizado, muito pode ser executado e trabalhado! Entendendo como as coisas funcionam, recursos não faltam e os processos tornam-se realidade e dia-a-dia para todos.

E você, o que falta ainda para entrar nesse mundo tão fascinante? Se equipamento não é problema como salientamos, invista em conhecimento e não irá se arrepender! Dessa forma o tão falado “fluxo digital” também pode fazer parte de sua rotina clínica!

Glauber Macedo Rama

  • Especialista em Periodontia pela Associação Odontológica de Ribeirão Preto – AORP
  • Mestre em Reabilitação Oral pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – FORP-USP
  • Ministrador de Cursos de Imersão acerca de tecnologia, magnificação e precisão aplicados à reabilitação estético-funcional.

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